O registro acima descreve o que é a festa das máscaras, porém antes desta cerimônia animista um pré-evento acontece em todos os vilarejos e geralmente os figurantes são meninos com idade até os 18 anos. Oficialmente nestas aldeias, dois meses antes de se realizar a Festa das Máscaras, os jovens que pertencem aos respectivos vilarejos são convocados a se recrutarem num determinado lugar estabelecido pelo líder animista. Enquanto estiverem sob os cuidados do feiticeiro estes garotos deverão cumprir tudo o que lhes é ordenado. Obrigações como ritos, beber bebidas sagradas, se circuncidar, confeccionar suas próprias máscaras e outras coisas deverão ser cumpridas. Tudo é visto como uma forma de manter viva as tradições recebidas pelos ancestrais.
No último dia de convívio
do menino com o líder animista, haverá uma cerimônia onde os filhos terão que
se prostrar diante dos pais sem olhar para suas faces como sinal de respeito
para pedir a benção dos mesmos. O fato mais lamentável neste ritual vem a
seguir. A criança que não aparecer perante o pai significa que ela morreu
quando ingeriu uma bebida sagrada ou aconteceu alguma "fatalidade".
Diante de um episódio como este, os pais não pode reivindicar ou cobrar nada. O
detalhe é que enquanto os filhos estão sob a tutela do feiticeiro algumas mãe
ficam em casa chorando, temerosas e na expectativa de ter de volta seus filhos.
Em caso de uma fatalidade
com os filhos duas justificativas são explicadas como crença segundo a visão do
líder animista. Primeiro, o feiticeiro dirá que o menino morreu porque não era
filho da aldeia e segundo afirmará que a criança não era filho legítimo do pai
e sim um caso extra da mãe.
Diante de casos como
este, acontecerá dos filhos viajarem ou mesmo fugirem nesta data. Contudo a
maioria que reside num vilarejo e que não tem para onde ir, são obrigados pelos
líderes locais a cumprirem todos os rituais que acontece num vilarejo. Do contrário,
que se nega é conceituado como traidor aos costumes local, podendo ser
desertado, perseguido, sofrer sanções e ameaças.
Como há uma diversidade
de etnias e vilarejos haverá lógico variações de celebrações nas festas e nos
rituais.
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