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26 de set. de 2019

Uma Cabaça Extraordinária - Conto da Etnia Gouin

Há muito tempo, uma cabaça havia crescido em um vilarejo. Ao crescer, ela engoliu tudo o que encontrou no caminho. Todo mundo tinha medo da cabaça, que comia tudo. Todas as pessoas e animais, tinham medo e se escondiam quando ouviam o som da cabaça comedora, que andava cantando: "Tunmemere, tunmemere, sagajigi, tunmemere".

Todos fugiam ou se escondiam de medo quando a cabaça se aproximava. Um dia, um pequeno carneiro disse à sua mãe: "Hoje eu responderei ao ouvir o som da música da cabaça". Ao lhe ouvir a sua mãe lhe disse: "tu és pequeno demais para isso, toma esta grande pedra e a quebra". Então, o carneiro conseguiu dividi-la em duas partes. E ao ver isto a sua mãe lhe disse para esperar um pouco mais para fazer o que ele queria. Algum tempo depois, o pequeno carneiro renova seu pedido e sua mãe lhe dá uma nova pedra. Ele consegue quebrá-lo em pedaços, mas a sua mãe ainda o acha fraco.

Todos os aldeões, homens como animais, sempre permaneciam escondidos, sem que ninguém pudesse protegê-los das mãos desta maldosa cabaça. Alguns anos depois, o pequeno carneiro disse à mãe: "Agora que sou forte, eu responderei a música desta cabaça. Sua mãe lhe dá outra pedra maior que as anteriores. O carneiro, alto e forte, conseguiu quebrá-lo em pedaços pequenos. Então a sua mãe, satisfeita, permite que ele responda a música da cabaça.

Um dia a cabaça extraordinária saiu procurando algo para engolir. E o carneiro está pronto para lhe encarar. Ele ouve a cabaça cantar: "Tunmemere, tunmemere, sagamigi, kamelma tumémére". A canção termina e o carneiro responde: "Tunméméré, tunmémérée, mais sagajigi kamelma tunméméré, tunméméré".

A cabaça consumida, com muita raiva se dirige em direção ao local de onde o barulho vinha, cantando com muita foça e o carneiro faz o mesmo ficando  cara a cara um com o outro. Nisso, o carneiro recua e volta a toda velocidade, dando um grande golpe na cabaça, que quebra como pedra, devolvendo tudo o que ela havia engolido. Todos os que estavam escondidos saíram agradecendo ao pequeno, o grande e forte carneiro dizendo nbaa (obrigado) carneiro.



Por Mrs. Justine Fayama
Traduzido por Claudemir de O. Silva

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