Apesar de ser um país seco, na sua região sul há uma grande concentração de pés de cajú. Ao longo dos mais de nove anos que moramos em Bobo Dioulasso. No período desta fruta chegamos a ficar mais de dois meses tomando o suco desta fruta em nossa casa. Por gostar bastante do seu suco, estocávamos o fruto no congelgador.
Agora, como estrangeiro percebemos que os burkinabes só dão valor a amêndoa e não fazem nada com a parte que chamaos de "carne". Sabedor que numa pequena cidade brasileira o povo vive por seis meses desse cultivo me inquietava saber que a fala de visão, de conhecimento e de industrializalçao leva o povo a explorar tão pouco este fruto. De acordo com as informações o país processa apenas 5% de sua produção, sendo o restante exportado para a Índia. Próximo a nossa casa em Bobo Dioulasso tinha um armazem cujo proprietários eram indianos.
Dos 1000 pomares no "Projeto Caju", iniciado em 1980, o país agora possui 80.000 pomares de caju. Mas, acredito que poderia ter mais se não fosse as queimadas e desmatamentos. Em termos de impacto econômico, mais de 45.000 famílias vivem deste meio. Mas, também é verdade que o povo ganha muito pouco em vista dos atravessadores.
Em Burkina já existe a União Nacional dos Produtores de Caju em Burkina Faso (UNPA / BF), agora se faz necessário que o governo em parceria com os agricultores locais, busque apoio e conhecimento externo para que o pais desenvolva produtos derivados do caju como sucos, bebidas, ração, manteiga, óleo, etc... assim como acontece no Brasil.
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